O Ministério da Saúde apresentou, ontem, duas novas vacinas que serão oferecidas às crianças brasileiras: a pólio inativada e a pentavalente. A intenção do governo é aumentar a gama de doenças das quais meninos e meninas estarão protegidos sem submetê-los a uma nova "picada". O calendário de vacinação do país passará por uma alteração, mas a campanha nacional contra a poliomielite, com as "gotinhas", está mantida.
A vacina injetável contra a pólio é feita com o vírus inativado e não oferece risco de reações adversas como aquela administrada por via oral. Esse instrumento de imunização tem sito utilizado em países que já erradicaram a doença e só será aplicado para as crianças aos 2 e aos 4 meses de vida. A vacina oral ainda será empregada nos chamados "reforços", aos 6 e aos 15 meses de idade do menor.
Já a vacina pentavalente agrega, em uma só dose, a defesa contra cinco doenças: difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo b e hepatite B. A proteção desses males, hoje, é feita por meio de três vacinas separadas.
A intenção do governo é aperfeiçoar ainda mais o sistema de imunização com a criação futura da vacina heptavalente, que combateria sete moléstias distintas. "A grande vantagem da vacina inativa contra a pólio é a proteção, o menor risco de eventos adversos, que é nulo se comparado à oral", disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Ele lembrou que, mesmo no modelo conhecido como "gotinhas", o risco de "eventos", como "paralisia flácida" é muito baixo. "Tivemos 46 casos notificados em 20 anos", reforça o ministro.
Padilha fez questão de ressaltar a segurança da vacina por via oral porque as crianças continuarão a recebê-la. "Mantemos a vacina oral por dois motivos: primeiro, porque o efeito de mobilização da campanha com o Zé Gotinha gera uma adesão das crianças, das famílias", enumera. "Segundo, há o que nós chamamos de ‘efeito rebanho’, porque o vírus introduzido por via oral nos menores sai pelas fezes, cai no ambiente e entra em competição com vírus selvagem, que nós queremos eliminar".
Já a vacina pentavalente, segundo o ministro da Saúde, será introduzida para diminuir o número de "picadas nas crianças". Ela combina a atual vacina tetravalente com a vacina contra hepatite B e foi produzida em parceria com os laboratórios Fiocruz e Instituto Butantã. As crianças passarão pela primeira dose aos 2 meses, com reforços aos 4 e a os seis meses de idade.
veja o vídeo aqui: http://www.youtube.com/watch?v=Ko_j-D0FFfI
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