sexta-feira, 20 de abril de 2012

Comércio de subprodutos da mandioca melhora renda de agricultores familiares

O agricultor familiar Amilton João dos Santos viu a qualidade de vida da sua família melhorar graças ao comércio, no município de Ilhéus, de um subproduto da mandioca: o beiju de tapioca recheado. De domingo a domingo, o homem do beiju, como já é conhecido entre os fregueses, monta a sua barraquinha em uma das principais avenidas da terra de Jorge Amado, a Soares Lopes. Amilton disse que, com a ajuda da filha Geiseane, 21 anos, chega a vender mais de 600 beijus por dia.

Ele afirmou que só conseguiu enxergar as potencialidades dessa cultura agrícola após ingressar, há sete anos, no Projeto de Mandiocultura da Microrregião de Buerarema, desenvolvido com o apoio da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), da Secretaria da Agricultura (Seagri). Apostei nessa cultura e graças a Deus está dando certo. Para chegar a esse nível, participei de muitas capacitações oferecidas pela EBDA e pelo Sebrae, destacou, acrescentando que boa parte da fécula (goma da mandioca) utilizada para confeccionar os beijus vem de sua propriedade rural, situada em Buerarema.

Neste domingo (22), Amilton e muitos outros produtores brasileiros que colaboram para que o Brasil seja o terceiro maior produtor de mandioca do mundo, vão festejar o Dia Nacional da Mandioca. A data foi escolhida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), no ano de 2007, em analogia ao dia e data do descobrimento do Brasil.

Para o técnico da gerência da EBDA em Itabuna e coordenador regional da cadeia da mandiocultura, Paulo Beline, a escolha dessa data reflete a importância da cultura para o desenvolvimento do país. É uma das principais culturas da agricultura familiar brasileira, sendo que 87% dos produtos são originários justamente do trabalho de agricultores familiares, com assistência técnica da EBDA.

Venda para escolas

O agricultor familiar Adailton Oliveira também tem muito a comemorar neste domingo. É da mandioca que ele e mais nove agricultores da região do Ribeirão dos Facões, em Buerarema, retiram a puba para confeccionar parte dos bolos vendidos para as escolas, através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Fazemos mais de cinco mil bolos de puba por mês. O alto valor nutritivo da mandioca faz a procura por esse sabor de bolo ser maior.

O Conselho Regional Associativista de Buerarema e Adjacências (Crasba), organizado com o apoio da EBDA e formado atualmente por mais de 20 associações, também vem diversificando a produção dos derivados da mandioca. Em fevereiro deste ano, o Crasba inaugurou um ponto de comercialização dos produtos. Este era um anseio antigo da diretoria do conselho e que este ano foi possível concretizar, explicou o coordenador-geral do Crasba, Marivaldo Andrade.

No local, é possível encontrar a famosa farinha de Buerarema, vendida a R$ 4 o quilo, biscoitos de goma com maracujá, coco e goiaba, tapioca e fécula. No mês de março, vendemos, somente no ponto, mais de 150 quilos de farinha. Esse número aumentará ainda mais com a divulgação que pretendemos fazer na região, disse Andrade.

A microrregião de Buerarema, de acordo com levantamento realizado pela EBDA, tem atualmente 75 casas de farinha, sendo que duas delas, administradas pelo Crasba, são fruto de um projeto elaborado e acompanhado pelo técnico da empresa, Paulo Carilo. Segundo ele, as casas foram construídas e equipadas com recursos do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), que contemplou os agricultores também com uma unidade de embalagem e armazenamento, um caminhão com capacidade de transporte de quatro toneladas, um automóvel, uma moto e equipamentos de escritório. A atividade agrícola melhorou a vida dos agricultores envolvidos no projeto e deu maior visibilidade aos produtos beneficiados da mandioca.

Orientação para uso de tecnologias

Ao longo desses anos, a EBDA vem orientando os agricultores no uso de tecnologias apropriadas nas operações que compõem o sistema de plantio da cultura da mandioca. Paulo Beline destacou que a produtividade média da mandioca nesta microrregião saltou de 12 para 21 toneladas/hectare, ao ano, devido à interferência técnica.

A EBDA está realizando um novo diagnóstico da mandiocultura na região para colaborar ainda mais com o desenvolvimento socioeconômico dessas famílias assistidas. A nossa preocupação atual é com a sanidade das unidades produtivas e a questão ambiental com a manipueira (água poluente oriunda da prensagem da raiz da mandioca) jogada a céu aberto. O propósito é conscientizar o agricultor a utilizar o lado bom do produto, explicou Beline.

Saúde Bucal

                                

A Política Nacional de Saúde Bucal se propõe a garantir a promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal dos brasileiros, entendendo que esta é fundamental para a saúde geral e qualidade de vida da população. As principais linhas de ação são: a reorganização da Atenção Básica (especialmente por meio da Estratégia Saúde da Família), a ampliação e qualificação da Atenção Especializada (através, principalmente, da implantação de Centros de Especialidades Odontológicas - CEO e Laboratórios de Próteses Dentárias - LPD) e a viabilização da adição de flúor nas estações de tratamento de águas de abastecimento público.

Na Atenção Básica, o trabalho das Equipes de Saúde da Estratégia Saúde da Família (ESF) é o elemento chave para a busca permanente de comunicação e troca de experiências e conhecimentos entre os integrantes da equipe e desses com o saber popular do Agente Comunitário de Saúde. As equipes são compostas, no mínimo, por um médico de família, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e 6 agentes comunitários de saúde. E quando ampliadas, contam com uma Equipe de Saúde Bucal (ESB).

Com relação à Atenção Especializada, os Centros de Especialidades Odontológicas - CEO oferecem uma continuidade do trabalho realizado pela rede de Atenção Básica e no caso dos municípios que adotaram a Estratégia Saúde da Família, pelas Equipes de Saúde Bucal.
Os profissionais da Atenção Básica são responsáveis pelo primeiro atendimento ao paciente e pelo encaminhamento aos centros especializados apenas dos casos mais complexos, através de fluxos de referência e contra-referência

Com o intuito de reabilitar os desdentados e melhorar a qualidade de vida da população, o Ministério da Saúde possibilita que todos os municípios brasileiros implantem Laboratórios de Prótese Dentária – LPD, que são unidades públicas ou unidades terceirizadas credenciadas para confecção de próteses totais, próteses parciais removíveis e prótese coronária/intrarradiculares e fixas/adesivas. Os atendimentos odontológicos especializados de maior complexidade são realizados nos hospitais e centros de referência.

Auxiliares de Saúde Bucal de Buerarema colam grau


Os alunos do Curso de Qualificação Profissional em Auxiliar de Saúde Bucal do município de Buararema colarão grau hoje (19), em solenidade que será realizada na Secretaria Municipal de Saúde do município.

Estarão presentes no evento o prefeito Mardes Lima Monteiro de Almeida, o Secretário Municipal de Saúde, Carlos Roberto Santos da Silva, e a coordenadora local do curso, Nazaré de Barros Marujo, além da apoiadora descentralizada da Escola de Formação Técnica em Saúde Professor Jorge Novis (EFTS), Mônica Souza.

No total, a EFTS já formou, entre 2007 e 2011, 44.674 profissionais do Sistema Único de Saúde no estado da Bahia.

Fonte: EFTS
EFTNovis/Buerarema

AGENTES DE SAÚDE VÃO USAR COMPUTADOR DE BOLSO.


A partir do próximo semestre, os agentes de combate às endemias de Salvador-BA, vão utilizar dispositivos móveis nas ações de campo. 

Os quatro mil aparelhos, também utilizados nas pesquisas do Censo 2010, serão doados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) à Secretaria Municipal da Saúde (SMS). 

O uso da nova tecnologia proporcionará maior rapidez no levantamento e processamento das informações de vigilância, controle, prevenção e mobilização social. A ação vai acelerar as tomadas de decisões e implantação de políticas públicas de saúde. 

O projeto-piloto será realizado no Distrito Sanitário Centro Histórico, sendo expandido gradativamente. 

Após a implantação da nova metodologia de trabalho, os aparelhos serão utilizados também por outros profissionais que trabalham com monitoramento, fiscalização e notificação de agravos, como os agentes comunitários de saúde, técnicos das vigilâncias sanitárias e epidemiológicas. 

O projeto, que surgiu da necessidade de uma gestão integrada e dinâmica, começou a ser construído no ano passado, pelo Núcleo de Gestão da Informação (NGI) da SMS. Além de representar um grande avanço para as ações preventivas, também otimizará os gastos do órgão, extinguindo o uso de cerca de quatro milhões de formulários de papel, por ano, dentre outros custos associados ao processo, contribuindo para a redução dos impactos ambientais. 

FONTE: Tribuna da Bahia. 

ACHO QUE SERÁ MUITO BOM PARA A SAÚDE E PARA OS AGENTES DE SAÚDE, POR TODAS NOSSAS INFORMAÇÕES DE TRABALHO FICAR EM UM PEQUENO APARELHO E SER REPASSADO COM MAIS PRECISÃO. 


BIO ACS.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

PETRÓPOLIS PRECISA AJUDAR AOS AMIGOS DO GAAPE – O BRASIL PRECISA CONHECER O AUTISMO.


Mundo Azul – Grupo de Pais O Brasil Precisa Conhecer o Autismo pede ao prefeito Paulo Mustrangi e a camara dos Vereadores que escutem e fiquem sensibilizados com este pedido de SOCORRO e escutem o GAAPE para resolver o problema em nomes das famílias com crianças com autismo em petrópolis que precisam deste trabalho maravilhoso realizado pela GAAPE que sensibilizou o Brasil Inteiro na reportagem feita pelo programa da Xuxa.
segue carta enviada e a matéria feita no ano passado que encantou o Brasil no programa da Xuxa.
Mundo Azul
Grupo de Pais -O Brasil Precisa Conhecer o Autismo.

AVISO IMPORTANTE AOS AMIGOS DO GAAPE

Já se passaram 1 semana que nossos vereadores estiveram no Gaape.
No dia 4 de abril, foi votada em sessão na Camara dos Vereadores, por unanimidade foram 14 votos a favor de uma nova sede para a instituição.
Em matéria no Jornal Tribuna de Petrópolis a Prefeitura declara que irá pensar na possibilidade de uma nova sede e que realizará um convênio com a Secretaria de Educação.
Hoje dia 15 de abril, ainda não temos o convênio firmado com a Secretaria de Educação.
Estamos encontrando muitas dificuldades em manter o nosso Setor de Pedagogia trabalhando diariamente.
Gostaríamos muito de não ter que fechar o nosso setor de Pedagogia, visto que é de suma importância para nossos alunos com Transtorno Autista serem alfabetizados e realizarem inclusão escolar e social.
No trabalho difícil e diário do setor de Pedagogia, as nossas Professoras tentam encontrar forças trabalhando com amor e dedicação, e recebendo somente uma ajuda de custo.
São profissionais especializadas e extremamente responsáveis, não querem parar com um trabalho que tem metas e objetivos a serem cumpridos.
O cronograma de trabalho do Setor de Pedagogia foi elaborado e deverá ser cumprido no ano de 2012, mas entendemos que estas professoras devem ser remuneradas pelos serviços prestados, não somente aos nossos pacientes Autistas, mas também para as Professoras e Coordenadores das Escolas Municipais de Petrópolis, que nos procuram e são prontamente atendidas.
Vamos decidir esta semana se PARAMOS com o nosso trabalho no Setor de Pedagogia.. É LAMENTÁVEL…. MAS TEREMOS QUE PARAR !
É importante salientar que este convênio está para ser firmado desde MAIO de 2011….
Já se passaram 11 meses…. e ainda não conseguimos realizar o nosso desejado convênio…
Informamos a nossa decisão em PARAR.. para todas as pessoas que acompanham e torcem pelo GAAPE.
Sem mais para o momento…
Márcia Loureiro
Presidente do Gaaper

fonte: Mundo Azul

Pacto garante R$ 103 milhões para tratar dependentes de crack no RS

Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo durante assinatura termo de adesao ao programa "Crack, e possivel vencer" | Foto:Caco Argemi/Palacio Piratini


Rachel Duarte

A política de combate ao crack constituída no governo Dilma está sendo levada de estado a estado pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Nesta terça-feira (17), o Rio Grande do Sul tornou-se a quarta adesão ao pacto “Crack, é possível vencer”. Na presença de representantes de outros três ministérios, incluindo a titular dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, Cardozo anunciou o investimento de R$ 103 milhões até 2014 para o enfrentamento da droga em território gaúcho. O diferencial do plano é a proposta de uma busca de usuários. O estado deverá convencer os dependentes ao tratamento e oferecer serviços para tratamento de continuidade.

A meta do governo federal é aplicar R$ 93,6 milhões para construção de sete novos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) que funcionarão 24 horas, além de 28 Unidades de Acolhimento, 242 leitos em enfermarias especializadas e 19 Consultórios nas Ruas. “Será um total de 248 leitos. Estamos propondo um acolhimento nos serviços públicos e uma ampliação dos serviços já oferecidos para o tratamento dos dependentes químicos. Vamos ter foco no usuário e na família”, explica a ministra Maria do Rosário.

O convênio de cooperação com o governo federal foi assinado pelo governador Tarso Genro e pelos ministros presentes. Além deles, assinou o convênio o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, uma vez que a prioridade inicial do programa será a capital gaúcha. Em apelo aos gestores encarregados na execução da política no estado, Maria do Rosário convocou a todos “a não desacreditar das pessoas no olhar para com os dependentes”. Ela pediu para que “cuidado, autoridade e prevenção” estejam aliados na aplicação do plano.

O prefeito de Porto Alegre garantiu que a cidade já conta com ações de enfrentamento do crack que unem repressão e prevenção. Existem 234 leitos reservados para o atendimento de dependentes em recuperação e, com o acréscimo previsto no pacto, Fortunati projeta acolher 360 pessoas ainda em 2012. “O combate ao traficante tem que ser feito de forma diferenciada do enfrentamento da dependência com o usuário”, falou, lembrando os usuários encarcerados por falta de políticas públicas e pedindo a descriminalização dos dependentes.



“Ninguém vencerá a droga e o crack sem integração profunda. Para isso precisamos pactuar com prefeitos e governadores", disse ministro Cardozo durante assinatura do pacto | Foto: Caco Argemi / Palácio Piratini

“Polícia vai convencer usuário a buscar tratamento”, diz Cardozo

Pela proposta do governo federal, os casos onde haverá necessidade de internações são os previstos por lei federal. Em locais de forte incidência da droga, no entanto, haverá intervenção de equipes multidisciplinares. “Vamos integrar médicos e assistentes sociais para que, com a intervenção da polícia de proximidade, consigamos convencer os usuários a buscar tratamento”, explica o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Ele assegura que haverá o convencimento de forma pacífica. “Depois, na ausência dos usuários, a polícia ocupará estes locais com unidades móveis, câmeras de segurança e uma fiscalização policial”, complementa.

De acordo com Cardozo, o programa foi gestado com a integração dos ministérios da Justiça, Saúde, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social e Combate à Fome e é uma prioridade da presidenta Dilma Rousseff. “Ela destinou R$ 4 bilhões para isto, com a exigência de alcançarmos indicadores e metas cobrados por ela”, disse. Segundo o ministro, os eixos norteadores da política estão baseados no primeiro programa de prevenção aos drogas e à violência criado na gestão de Tarso Genro no Ministério da Justiça, mas com avanços. “Sem romantismo. Temos que ser rigorosos e ter equipamentos de alta tecnologia para enfrentar as organizações criminosas que alimentam o tráfico de drogas. Ofereceremos serviços aos dependentes e ações para prevenção de novos usuários. É a mesma ótica do Pronasci, mas ampliada”, afirmou, salientando que os agentes que atuavam no Pronasci hoje estão contratados para atuar no programa de enfrentamento do crack.

Como o cronograma do governo federal para aplicação do programa depende da execução de estados e municípios, o ministro prevê a possibilidade de encontrar resistências em ano eleitoral. Mas mandou recados a todos os governadores e prefeitos. “Ninguém vencerá a droga e o crack sem integração profunda. Para isso precisamos pactuar com prefeitos e governadores, superando divergências e conflitos regionais e tratar questões de estado com maturidade”, disse o ministro da Justiça.
Ministro Alexandre Padilha inaugura leitos em HU de Canoas | Foto: Gilson Filho/PMC 
Com a experiência de ex-ministro da Justiça, Tarso Genro falou sobre a cadeia que alimenta o tráfico do crack e previu um passo adiante do programa federal pactuado nesta terça. “O crack é um derivado da cocaína que é consumido por pessoas de classe média, que também sustentam o mercado das drogas e do tráfico. Precisamos interromper este círculo. Isto é um passo para além deste programa aqui”, alertou. E defendeu que, sem consciência social do todo que envolve a problemática das drogas, não se concretizam estruturas sólidas para o enfrentamento do problema pelo estado.

Um Caps 24 horas em Porto Alegre e 30 leitos em Canoas já são realidade

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também era esperado para a solenidade no Palácio Piratini, mas foi chamado pela presidenta Dilma Rousseff. Pela manhã, ele inaugurou em Canoas 30 novos leitos para tratamento psiquiátrico e de dependência química no Hospital Universitário (HU), na Região Metropolitana de Porto Alegre. Na capital gaúcha, Padilha inaugurou também o primeiro Centro de Atendimento Psicossocial Álcool e Drogas (Caps-AD) 24 horas do plano de enfrentamento ao crack no Rio Grande do Sul. A unidade está funcionando na Vila IAPI, zona norte de Porto Alegre.

Sobe para 9 o número de mortos por dengue no RJ em 2012

Subiu para nove o número de mortos pela dengue no Estado do Rio desde o início do ano. De acordo com o boletim epidemiológico semanal divulgado nesta segunda-feira pela Secretaria Municipal de Saúde, o município do Rio de Janeiro concentra o maior número: oito. A outra morte foi registrada em Niterói, na região metropolitana.

O boletim informa ainda que 40.252 pessoas foram infectadas pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, desde janeiro na cidade, sendo que somente na última semana foram registrados mais 757 casos. Com 82,9% dos casos, o tipo 4 da doença é o predominante na capital fluminense.

De acordo com o mapa de distribuição da doença no município do Rio de Janeiro, três áreas da cidade já podem ser consideradas com surto de dengue: Madureira e adjacências, na zona norte lideram o número de infectados com 10.504 casos; seguida de Bangu e Realengo, com 7.864, na zona oeste; e Campo Grande, também na mesma região, com 7.215 infectados.

A dengue
A doença é transmitida pela picada do mosquito hospedeiro infectado, o Aedes aegypti. O vírus passa por um período de incubação de quatro a 10 dias. Os primeiros sinais são febre alta, dor nas articulações e músculos, fraqueza, falta de apetite, manchas avermelhadas pelo corpo, fortes dores de cabeça e dor no fundo dos olhos.

A chamada dengue clássica cura-se naturalmente, quando o organismo livra-se do vírus através de anticorpos. A forma hemorrágica, no entanto, requer mais cuidados. Quando o paciente apresenta o quadro hemorrágico existe sangramento da gengiva, das narinas e de órgãos internos, o que ocasiona dores abdominais.

Não existe um tratamento específico para a dengue, mas apenas para os sintomas. Ou seja, antitérmicos auxiliam a controlar a febre e os analgésicos amenizam as dores musculares e de cabeça, por exemplo. Quando há suspeita da doença, todos os medicamentos que sejam feitos à base de ácido acetil salicílico têm de ser evitados.

domingo, 15 de abril de 2012

Conselho vai definir os critérios de anencefalia

Segundo o Ministério da Saúde, 65 hospitais no País podem fazer aborto de anencéfalos. Nove deles estão no Ceará

São Paulo. Uma comissão especial foi criada ontem pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) para estabelecer em 60 dias os critérios para o diagnóstico de anencefalia. A decisão foi tomada pelo plenário da entidade após a decisão de ontem do Supremo Tribunal Federal (STF) que liberou a interrupção de gestações de fetos anencéfalos.

Farão parte da comissão representantes do próprio conselho, das sociedades médicas de pediatria, neurologia, ginecologia e obstetrícia, do Ministério da Saúde, e especialistas em ultrassonografia fetal. A expectativa é que o grupo tenha até dez integrantes.

Também poderão dar suas contribuições especialistas de algumas das principais universidades e escolas médicas do país.

Com o estabelecimento desses critérios, os médicos terão mais segurança para o diagnóstico destes casos, segundo o Conselho, facilitando a interrupção mais precoce de gestações quando as mulheres decidirem por isso. "Trata-se de momento histórico para o país, no qual os médicos - por meio de seus representantes - têm o dever de dar à sociedade a mais completa segurança para que as decisões sejam tomadas com base em critérios éticos, técnicos e científicos", ressaltou o presidente do Conselho, Roberto Luiz d´Avila.

A entidade ressalta que, em situações onde se comprova anencefalia, a chamada antecipação terapêutica do parto não deve ser entendida como obrigação da mulher, mas como um direito que lhe deve ser garantido e utilizado, caso faça essa opção. Para o CFM, "a sentença contribui para o aperfeiçoamento das relações éticas na sociedade". Nesse período de dois meses, as avaliações não estarão suspensas, diz o Conselho. "Até a conclusão do documento do grupo, médicos poderão fazer diagnóstico e comunicá-lo à paciente, como é hoje", disse o vice-presidente do CFM, Carlos Vidal.

Credenciamento

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou ontem que o País conta com 65 hospitais credenciados para fazer aborto de fetos anencéfalos. Padilha disse que São Paulo tem 11 hospitais credenciados para o aborto legal. O Ceará vem em segundo, com nove unidades (13,84% do total). Os nomes dos hospitais não foram divulgados pelo ministério. Padilha afirmou que há mais 30 hospitais sendo qualificados para a prática do aborto de fetos anencéfalos até o fim do ano. Roraima e Paraná não possuem unidades credenciadas.

A Secretaria de Políticas para as Mulheres informou na última quinta-feira que o governo federal dará suporte para o cumprimento da decisão do Supremo.

Igreja

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota na qual "lamenta profundamente" a decisão do STF de autorizar a interrupção da gravidez nesses casos. Para a entidade, permitir o aborto nesses casos é "descartar um ser humano frágil e indefeso".

"Considerar que o aborto é a melhor opção para a mulher, além de negar o direito inviolável do nascituro, ignora as consequências psicológicas negativas para a mãe. O Estado e a sociedade devem oferecer à gestante amparo e proteção", diz a nota da CNBB.

Por 8 votos a 2, o STF autorizou a interrupção em gravidez de fetos anencéfalos. Durante dois dias de julgamento, o Supremo considerou procedente ação movida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde, que tramitava na Corte desde 2004. O presidente do STF, Cezar Peluso, e o ministro Ricardo Lewandowski votaram contra a interrupção da gravidez.
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