terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Doença de Chagas


Doença causada pelo protozoário parasita Trypanosoma cruzi que é transmitido pelas fezes de um inseto (triatoma) conhecido como barbeiro. O nome do parasita foi dado por seu descobridor, o cientista Carlos Chagas, em homenagem ao também cientista Oswaldo Cruz. Segundo os dados levantados pela Sucen, esse inseto de hábitos noturnos vive nas frestas das casas de pau-a-pique, ninhos de pássaros, tocas de animais, casca de troncos de árvores e embaixo de pedras.

Transmissão

A doença de Chagas não é transmitida ao ser humano diretamente pela picada do inseto, que se infecta com o parasita quando suga o sangue de um animal contaminado (gambás ou pequenos roedores). A transmissão ocorre quando a pessoa coça o local da picada e as fezes eliminadas pelo barbeiro penetram pelo orifício que ali deixou.

A transmissão pode também ocorrer por transfusão de sangue contaminado e durante a gravidez, da mãe para filho. No Brasil, foram registrados casos da infecção transmitida por via oral nas pessoas que tomaram caldo-de-cana ou comeram açaí moído. Embora não se imaginasse que isso pudesse acontecer, o provável é que haja uma invasão ativa do parasita diretamente através do aparelho digestivo nesse tipo de transmissão.

Sintomas

Febre, mal-estar, inflamação e dor nos gânglios, vermelhidão, inchaço nos olhos (sinal de Romanã), aumento do fígado e do baço são os principais sintomas. Com frequência, a febre desaparece depois de alguns dias e a pessoa não se dá conta do que lhe aconteceu, embora o parasita já esteja alojado em alguns órgãos.

Como nem sempre os sintomas são perceptíveis, o indivíduo pode saber que tem a doença, 20, 30 anos depois de ter sido infectado, ao fazer um exame de sangue de rotina.

Meningite e encefalite são complicações graves da doença de Chagas na fase aguda, mas são raros os casos de morte.

Evolução

Caindo na circulação, o Trypanosoma cruzi afeta os gânglios, o fígado e o baço. Depois se localiza no coração, intestino e esôfago. Nas fases crônicas da doença, pode haver destruição da musculatura e sua flacidez provoca aumento desses três órgãos, o que causa problemas como cardite chagásica (aumento do coração), megacólon (aumento do cólon que pode provocar retenção das fezes) e megaesôfago, cujo principal sintoma é a regurgitação dos alimentos ingeridos. Essas lesões são definitivas, irreversíveis.

A doença de Chagas pode não provocar lesões importantes em pessoas que apresentem resposta imunológica adequada, mas pode ser fatal para outras.

Diagnóstico e período de incubação

O período de incubação vai de cinco a 14 dias após a picada e o diagnóstico é feito através de um exame de sangue, que deve ser prescrito, principalmente, quando um indivíduo vem de zonas endêmicas e apresenta os sintomas acima relacionados.

Tratamento

A medicação é dada sob acompanhamento médico nos hospitais devido aos efeitos colaterais que provoca, e deve ser mantida, no mínimo, por um mês. O efeito do medicamento costuma ser satisfatório na fase aguda da doença, enquanto o parasita está circulando no sangue. Na fase crônica, não compensa utilizá-lo mais e o tratamento é direcionado às manifestações da doença a fim de controlar os sintomas e evitar as complicações.

Recomendações

* Como não existe vacina para a doença de Chagas, os cuidados devem ser redobrados nas regiões onde o barbeiro ainda existe, como o vale do Jequitinhonha, no norte de Minas Gerais, e em algumas áreas do nordeste da Bahia;

* Pessoa que esteve numa região de transmissão natural do parasita deve procurar assistência médica se apresentar febre ou qualquer outro sintoma característico da doença de Chagas;

* Portadores do parasita, mesmo que sejam assintomáticos, não podem doar sangue;

* A cana-de-açúcar deve ser cuidadosamente lavada antes da moagem e a mesma precaução deve ser tomada antes de o açaí ser preparado para consumo;

* Eliminar o inseto transmissor da doença ou mantê-lo afastado do convívio humano é a única forma de erradicar a doença de Chagas.


domingo, 2 de dezembro de 2012

AGENTE DE SAÚDE É CONDENADO POR LESÃO CORPORAL APÓS MATAR ENGENHEIRO.


O Tribunal do Júri condenou nesta quarta-feira (31) o agente comunitário em saúde, Antonio Maicon do Nascimento Galvão, a dois anos e onze meses de reclusão. A pena será cumprida em regime em aberto, pois o crime foi desqualificado de homicídio para lesão corporal grave. A Justiça já havia revogado a prisão do agente, que é estudante universitário. Ele matou a facadas o engenheiro da Eletrobrás, João Souza Filho, mas, de acordo com a sentença, houve negligencia médica no atendimento a vítima o que ocasionou a sua morte.
O crime aconteceu no dia 21 de janeiro do ano passado. Maria Karina Fernandes de Souza, 24 anos, namorada do servidor público, trabalhava com o engenheiro com quem mantinha um relacionamento amoroso, de acordo com o que consta no processo. Durante uma madrugada, a moça estava no apartamento de João Souza Filho quando o estudante, que já fazia campana nas proximidades, entrou no residencial.
Transtornado com a traição, o rapaz desferiu um golpe de faca nas nádegas da namorada e três perfurações contra o engenheiro. Depois de esperar 45 minutos pelo Samu e mais 30 para ser atendido no Pronto Socorro, João Souza morreu. Ele era de Itaiutaba-MG e trabalhava em Cruzeiro do Sul. 
Antônio Maicon teve a pena atenuada porque estava sob violenta emoção. No pedido de defesa, impetrado pelo advogado Jairo Teles de Castro, concluiu-se que o réu era primário, com bons antecedentes, residência fixa, estudava e trabalhava e não ameaçava a ordem pública, requisitos que não justificavam tanto a manutenção da prisão preventiva como uma pena maior.
Karina admitiu que tinha um caso com o engenheiro e se sentia culpada pelo crime. Após a leitura do veredicto (4x3), o juiz da Primeira da Vara Criminal da Comarca de Cruzeiro do Sul, José Wagner Freitas Pedrosa Alcântara, encerrou o julgamento.


FONTE: VOZ DO NORTE
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