sábado, 2 de março de 2013

 

Confederação Nacional de Municípios é uma instituição que trabalha contra a sociedade e desqualifica o trabalho dos agentes de saúde 
Por Samuel Camêlo*

A Confederação Nacional de Municípios (CNM), presidida pelo sr. Paulo Ziulkoski, é manifestadamente uma instituição que expressa interesses políticos antagônicos ao da população. Não é concebível uma leitura divergente dessa, considerando a sua militância contra os agentes de saúde. Não podemos esquecer seu posicionamento contrário a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional - PEC 391. Emenda que cria o direito ao Piso Salarial dos agentes de saúde na Constituição Federal. 

É notório destacar que os agentes de saúde se destacam das demais categorias da saúde em decorrência de sua essência tipicamente popular, ou seja, esses profissionais nasceram de movimentos populares e integram a comunidade onde trabalham. Esses representantes do povo têm sofrido as mais diversas ordens de abusos que pode ser imaginado por parte dos empregadores públicos e privados, no caso, gestores da administração pública (prefeitos) e da administração privada (ONG’s e OSCIP’s. por exemplo). A Confederação Nacional de Municípios não expressa a defesa dos interesses da sociedade, ela é uma instituição que expressa a defesa dos interesses alienígena diverso. 
A administração municipal é responsável pelas contratações de 99% dos mais de 238 mil agentes comunitários de saúde e 96% de agente de endemias, mais de 20 mil, distribuídos no País. 

A CNM teve que engolir a necessidade de crescimento da categoria, que, segundo ela mesma, ultrapassou os 298% na quantidade de agentes comunitários de saúde: passaram de 78,7 mil para 238 mil de 1998 a 2009, cobrindo apenas 60% da população brasileira. 

O salário médio pago no Brasil aos agentes comunitários de saúde em 2009 foi de R$ 630,00. A confederação foi e continua sendo a maior opositora da fixação do piso salarial nacional. 

O que a Mobilização Nacional dos Agentes de Saúde defende é que o repasse do governo federal, relativo aos agentes de saúde para as prefeituras, seja usado, integralmente, no pagamento dos salários desses profissionais. O repasse mensal é de R$ 950 por trabalhador, conforme assevera a Portaria 260/2013. Apesar de o repasse ter destinação específica, a CNM defende que o valor é para manutenção do profissional, e não para a remuneração salarial. 
Não é novidade que nos encontramos diante de uma abertura que alimenta a possibilidade de desvios de recursos públicos. 
Não seria de estranhar que a CNM defendesse que a manutenção do profissional tivesse que ser assumida por ele mesmo, como acontece em muitos municípios. É notório a existência de agentes de saúde que não recebem remuneração como estabelece a norma vigente, além do não recebimento de gratificações, férias, 13º terceiro, alimentação, transporte, contribuição previdenciárias e outros direitos trabalhistas. Sabemos de casos eu que os próprios agentes são obrigados a comprar materiais utilizados nas atividades profissionais. 

A Confederação Nacional de Municípios, na verdade, presta um grande desfavor a sociedade ao laborar contra a qualidade produtiva do trabalho dos agentes de saúde. 
*Samuel Camêlo – Coordenador Geral da MNAS, educador social, graduado e pós-graduado em história e bacharel em direito.

Divulgação: Mobilização Nacional dos Agentes de Saúde - MNAS
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Prefeito de Eunápolis (BA) propõe Piso Salarial de R$ 950 aos agentes de saúde


Mais um município toma a Portaria 260/2013 como Piso Base e paga R$ 950 aos agentes de Saúde 

Hoje (28/02), o Prefeito Demetrio Guerrieri Neto Guerrieri (PRTB), em reunião com o Sindicato Intermunicipal dos Agentes Comunitários de Saúde e Combate as Endemias de Eunápolis e Região (SINDIACSCER), definiu o Piso Salarial dos Agentes de Saúde, além de garantir o repasse dos meses referentes à Janeiro e Fevereiro, conforme Portaria nº 260/2013. 

O gestor municipal apresentou a proposta de um Projeto de Lei, firmando o consignando o Piso da categoria, que deverá ser apreciado e votado na Câmara de Vereadores de Eunápolis, já na próxima semana. O citado Projeto igualmente contemplará o repasse integral do Incentivo Adicional, compromisso da Gestão com os Agentes de Saúde do município, garantindo, portanto, melhores condições laborativas aos trabalhadores que são essenciais no êxito da Atenção Primária. Outros direitos da categoria foram garantidos, entre eles: adicional de insalubridade em 20% e o Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) estão sendo negociados. 

Na opinião do coordenador geral da Mobilização Nacional dos Agentes de Saúde, Samuel Camêlo, a luta pelo estabelecimento do Piso Salarial tem se tornado uma realidade inadiável. Entre diversos municípios, que tivemos informações, também o estado do Pará passa a adotar a Portaria 260/2013, como referência. Portanto, aquilo que sempre defendemos, ou seja, a regionalização da luta pelo piso revela-se como um caminho exitoso. Hoje, é possível que se tenha um melhor entendimento daquilo que defendíamos. Já não interessa que tenha havido diversos erros na elaboração da proposta do Piso Nacional, que a luta tenha constituída de troca de benefícios em favor de poucos. O que interessa é que presenciamos a transformação de uma realidade caótica, opressora, numa mais humana, menos negligente com aqueles que são a base da Atenção Primária. 
Podemos acreditar que ainda existe gestores sensíveis a causa dos agentes de saúde, como o Prefeito Demetrio Guerrieri Neto, um exemplo para os demais administradores da municipalidade da Bahia e, por que não dizer do Brasil? 

Deixamos o nosso alerta para os PREFEITOS: cada agente comunitário de saúde trabalha com quase 200 famílias, ou seja, uma média de 800 pessoas. Eles integram a comunidade, eles são a própria comunidade. Se forte é o povo, está mais do que na hora respeitar esses profissionais. O gestor que realmente representa os seus eleitores, sabem muito bem como valorizar o trabalho dos agentes de saúde. Isto é uma conclusão lógica e inteligente!

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sexta-feira, 1 de março de 2013

Mutirão de Combate à Dengue desenvolve ações no Bairro Santa Helena

Aconteceu no bairro Santo Helena, no dia 01 de março de 2013; o primeiro mutirão contra a dengue, promovido pela Secretaria de Saúde com o apoio da Prefeitura Municipal. Essa iniciativa tem o objetivo de conscientizar a população acerca dos cuidados para a prevenção contra a dengue. O mutirão contou com a presença do Prefeito Municipal Guima Barreto, a Secretária de Saúde, Alessandra Lopes, a Secretária de Assistência Social, Ione Cabral; os vereadores Elinho, Luciano e Wagner mototaxi;
   Agentes Comunitários de Saúde, Agentes de Endemias e toda a equipe de saúde do município, além de representantes do Grupo Renascer, do bairro Santa Helena e voluntários.  
         






















O bairro foi o primeiro a ser visitado de uma campanha que se seguirá por toda a cidade.   

Bom exemplo - Entre os imóveis visitados, a casa da dona Maria Helena Tavares foi considerada um exemplo pelos voluntários e moradores, que constataram os cuidados da moradora para manter o quintal limpo, sem nenhum recipiente com água acumulada. Consciente, Dona Maria Helena ensinou que “todo cuidado é pouco” quando se trata de evitar a proliferação do mosquito da dengue, e por isso, ela segue todas as medidas recomendadas para esse controle. O presidente da ABACS, Soraia Meireles, considerou positiva a parceria entre poder público e a comunidade no combate à dengue. E agradece a todos os ACS, que compareceram expressivamente nesta luta.

"Parabéns a todos pelo maravilhoso trabalho!
Todos contra a Dengue!"

 

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Morador do Bairro Santa Helena completa hoje 101º Aniversário

Almiro Rodrigues da Silva, nascido em 28/02/1912 
Na data de hoje o senhor Almiro Rodrigues da Silva, nascido em 28/02/1912, esta completando seu 101º aniversário com muita saúde e disposição de vida, dando um exemplo de vitalidade e descontração neste dia. Morador antigo no bairro Santa Helena. Acompanhado pela UFS Ernandi Lins, na micro área da ACS Eunice Soares.


Sr. Almiro

ACS_Cristiana, EnfªMárcia, Sr. Almiro, Orádia, Téc.Jô e Téc. Cláudia

Sr. Almiro e ACS_ Luís Senna

Sr. Almiro

A equipe comemorou junto a ele esta data, se divertiu muito entre amigos e familiares. Disse ele que agradece muito ao Senhor deus por esta firme e forte junto a família.

Nota: queremos lembrar que temos moradores com mais idade que o senhor Almiro

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

O que se ignora sobre a obesidade?

De uma pesquisa conjunta de Hunter College de Nova York, Universidade do Arizona e Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, se sabe que engordamos porque comemos demais e não porque temos pouca atividade física, como sustenta uma das teorias mais aceitas. Segundo o médico Adelardo Caballero, "dormir pouco perturba os hormônios que regulam o apetite como a leptina e a grelina, por isso que o sono de curta duração se configura como um dos fatores que contribui para aumentar o risco de obesidade adulta e infantil".

Muitas pessoas não são conscientes do grau de gordura, já que têm percepções tranquilas sobre seu peso e acreditam que são mais magros do que na realidade são, apesar do que lhes diz a balança, segundo a pesquisa da Harris Interactive/HealthDay, realizada nos Estados Unidos.

Calcula-se que até 2015 uma em cada dez pessoas será gorda. Mas engordamos porque nosso organismo gasta pouca energia, ou porque proporcionamos a nosso corpo muita comida?

Embora uma das razões mais utilizadas para explicar o aumento na quantidade de pessoas obesas, sobretudo nos países desenvolvidos, seja o estilo de vida sedentário, um estudo recente demonstra que a principal causa da atual epidemia mundial de obesidade se deve ao consumo excessivo de alimentos.

Esta é só uma das lacunas de informação, mitos ou confusões que existem na maioria das pessoas em relação à obesidade e que, em muitos casos, impedem de combatê-la eficazmente ou, inclusive, a encorajam. Para emagrecer, ou pelo menos não engordar, convém conhecê-las e esclarecê-las.

Segundo uma das teorias mais frequentes, a crescente obesidade se deve à maior inatividade e ao conseguinte menor gasto de energia da população moderna, comparados com a grande atividade física que há milhares de anos nossos ancestrais caçadores e coletores faziam para conseguir se alimentar. No entanto, a pesquisa ressalta que os caçadores-coletores consumiam a mesma quantidade de energia que os seres humanos na atualidade consomem.

Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores avaliaram o gasto de energia dos hazda, uma tribo nômade da Tanzânia que vive na savana, e cujos costumes e atividade física quase não mudaram nos últimos dez mil anos.

Os especialistas americanos comprovaram que os hazda, que caminham durante dias na busca de alimentos, têm um gasto energético (calorias queimadas diariamente) não muito maior do que o de qualquer adulto dos EUA ou Europa.

Engordamos porque dormimos pouco

Esta descoberta questiona, segundo os autores do estudo, a suposição de que nossos antepassados consumiam mais energia que nós e aponta para a ideia de que o atual aumento da obesidade obedece a um maior consumo de alimentos, que comemos demais, e não para uma diminuição no gasto de energia, para que nos exercitamos menos. Outro aspecto ignorado ou escassamente conhecido sobre a obesidade é a relação entre a falta de horas de sono e o aumento de peso.

Segundo o médico Adelardo Caballero, a gordura "se transformou durante as últimas décadas em um dos principais problemas de saúde. A Organização Mundial da Saúde avalia em um bilhão o número de adultos com sobrepeso e em 300 milhões o número de obesos. Há explicações diferentes para o constante aumento destes números e os possíveis fatores sociais que o induzem".

"Diferentes estudos e publicações apontam para o fato de que as pessoas que dormem menos de oito horas diárias e, ao mesmo tempo, possuem horários de refeição irregulares, têm mais risco de sofrer patologias como a obesidade", assinala Caballero.

O recente livro “Obesity”, no qual participaram mais de 30 pesquisadores internacionais, assegura que dormir pouco perturba os hormônios que regulam o apetite como a leptina e a grelina, por isso que o sono de curta duração se configura como um dos fatores que contribui para aumento do risco de obesidade, tanto entre adultos como em crianças.

"Um estudo publicado no International Journal of Obesity corroborou como aquelas crianças que dormem menos de sete horas diárias mostram um aumento de peso superior ao daqueles que dormem um mínimo de oito horas", acrescenta Caballero.

Ele alerta para o crescente aumento do número de pessoas obesas, relacionadas com a ausência do número adequado de horas de sono: não dormir o suficiente implica um maior cansaço, que deriva em uma menor mobilidade, fator ao qual se acrescenta que os hormônios de controle da ingestão aumentam quando não se dormem as horas de sono necessárias.

"Um recente estudo do Center for Health Research de Oregon (EUA), no qual participaram 500 pessoas, indica que quem tenta perder peso é mais propenso a conseguir seu objetivo se tem menos níveis de estresse e dorme entre seis e oito horas diárias" destaca Caballero.

Cuidado com os banquetes esporádicos

Além disso, outras pesquisas recentes revelam aspectos pouco conhecidos ou divulgados, mas muito importantes sobre a obesidade.

Por exemplo, permitir-se pequenos "banquetes" de vez em quando pode ter consequências a longo prazo na fisiologia, ainda após haver perdido o excesso de peso inicial, segundo um estudo da Universidade de Linköping (Suécia).

Os pesquisadores suecos comprovaram que basta quatro semanas nas quais aconteçam vários episódios em que aumente o consumo de calorias em até 70%, e se descuide do exercício, para aumentar o peso e a gordura corporal.

Os efeitos dos banquetes podem se manifestar ou perdurar por até dois anos e meio, o que demonstra que "um momento de comida nos lábios pode se transformar em um ano de gordura nos quadris", assinalam. A obesidade também apresenta alguns fatores de risco pouco conhecidos.

O aumento de peso não depende só dos hábitos alimentares, do consumo e do gasto de calorias, também da predisposição genética ou do funcionamento metabólico de uma pessoa.

Segundo foi exposto em um congresso científico organizado pelos Institutos Nacionais da Saúde (NIH, na sigla em inglês) dos EUA, o estresse induz a comer mais vezes fora de hora e sem controle e a ingerir mais doces e gorduras, aumentando os níveis no corpo de insulina e cortisol, que favorecem a acumulação de gordura.

Além disso, o tipo de bactérias que formam a flora intestinal podem fazer com que se absorva mais comida ou ela seja metabolizada de modo deficiente, e certos vírus, como o AD-36 aviário, ou compostos químicos como o dietilestilbestrol (DES) podem propiciar que se engorde.

Por outro lado, muitas pessoas não são conscientes do grau de gordura, já que têm percepções tranquilas sobre seu peso e acreditam que são mais magros do que na realidade são, apesar do que lhes diz a balança, segundo a pesquisa da Harris Interactive/HealthDay, realizada nos EUA.

O trabalho, que comparou o Índice de Massa Corporal (fórmula para calcular o grau de obesidade com base nos quilos e na estatura) com a percepção da própria pessoa sobre seu peso, descobriu que 30% de quem tem sobrepeso não é consciente disso e 70% dos obesos acreditam que só têm "alguns quilos a mais".

"Quem não reconhece o problema ou sua gravidade, é menos propenso a solucioná-lo", assinalam os autores. A pergunta que recomendam fazer é: "Sou uma dessas pessoas?"
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