Uma em cada sete pessoas do planeta tem um perfil no serviço que Mark Zuckerberg criou aos 19 anos. Desafio é manter rede ativa e rentável
Rafael Sbarai
Mark Zuckerberg concede em setembro de 2012 sua 1ª entrevista após IPO de sua empresa, o Facebook - Beck Diefenbach/Reuters
O Facebook cravou (mais uma vez) seu nome na curta história da internet. Criado com o intuito de colocar em contato estudantes de Harvard a partir de suas afinidades, a rede anunciou nesta quinta-feira que já reúne uma comunidade de 1 bilhão de usuários – algo sem precedentes. Em comum, todos têm ao menos o interesse pelo próprio Facebook. O site é pródigo em produzir números impressionantes. Um exemplo? Uma em cada sete pessoas da Terra acessa o serviço. Outro: por dia, são registrados 3,2 bilhões de "likes" e comentários. Mais um: 300 milhões de fotos são publicadas diariamente na rede: isso equivale a 21.000 vezes o tamanho do arquivo de imagens da Biblioteca do Congresso Americano, que possui o maior acervo desse tipo no mundo (não se discute aqui a qualidade dos arquivos...). Apoiando-se no ombro dos grandes serviços que vieram antes dele, o Facebook foi mais longe do que qualquer um deles e tem pela frente um desafio do seu tamanho: manter sua rede ativa e rentável.
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O Facebook, é claro, não brotou no deserto. Até atingir o posto de maior repositório de informações pessoais do mundo, cooperaram a popularização da internet de alta velocidade e a disseminação dos dispositivos móveis com acesso à web. Ajudaram especialmente experiências "sociais" anteriores da internet, das quais o gênio do jovem Mark Zuckerberg, que tinha 19 anos à época da criação do serviço, tirou o melhor proveito, potencializando o conhecimento acumulado.
Os serviços que explodiram antes do Facebook fizeram o grande serviço de "educar" milhões de usuários no uso de plataformas digitais baseadas no relacionamento e compartilhamento de conteúdo. Zuckerberg avançou muito mais ao imprimir um ritmo permanente de atualizações à rede. Nesse sentido, contrasta com o MySpace, uma espécie de antecessor do Facebook. Em 2009, o MySpace era o gigante do setor, com mais de 280 milhões de usuários. Rapidamente, perdeu força. A razão: menosprezou a necessidade de aperfeiçoamento constante, tão cara aos jovens usuários que trocam de site com a facilidade de um toque no teclado (agora, na tela).




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